O compositor Costinha (João Francisco da Fonseca Costa), nascido provavelmente na década de 1880 e falecido em 1938, foi um dos grandes pianeiros cariocas, situado na transição entre Ernesto Nazareth e Sinhô. Assim como Eduardo Souto, de quem era contemporâneo, suas obras abarcam gêneros do século XIX que ainda estavam em voga no início do século XX, e também apontam para novos caminhos, como a gênese do samba na década de 1920. O chorão e memorialista Animal (Alexandre Gonçalves Pinto) assim se referiu a ele, em seu livro "O choro" (1936): "Poucos serão que não conheçam este inveterado pianista; foi um dos afamados e admirados. Costinha era procurado no seu tempo como um brilhante e outros valorosos metais. Tocava com grande perfeição e arte de admirar os seus congêneres, tal a rapidez nos seus dedos, no instrumento, que ele eletrizava. Com a sincronização [dos filmes mudos], a música decaiu bastante sendo obrigado o chorão acima a retirar-se à vida privada, vivendo só de seu emprego na Central do Brasil. De vez em quando ainda vai a um choro, e faz no piano cousa de encantar, que a meninada de hoje fica embasbacada diante do que ele toca as músicas em evidência, como os choros antigos. Costinha fez parte da turma do Julio Barbosa, [Ernesto] Nazareth, Aurélio Cavalcanti e muitos outros. Costinha ainda vive para a felicidade de sua família, e de seus amigos".
Através desta série, apresentaremos obras inéditas de Costinha, gravadas por @marcobernardooficial , e que mostram mais uma parte importante da história do piano brasileiro.
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• Costinha (J. F. Fonseca Costa), por M... Curadoria: Alexandre Dias
@fernandobnoliveira
2 years ago
Obrigado, IPB e Marco Bernardo!
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